Um novo capítulo da física foi promovido nesta terça (30/03/2010). O experimento recriou uma miniversão do Big Bang, com o encontro de dois feixes de partículas subatômicas em uma energia inédita e velocidade próxima à da luz.
Os feixes foram lançados a uma energia de 7 trilhões de tera-elétron volts (7 TeV), provocando cerca de 30 colisões nucleares por segundo. Estes choques, que atingem uma temperatura 100 mil vezes superior à do Sol, desencadeiam o surgimento da matéria. Seu estudo permitirá a solução de inúmeros enigmas, como a definição do que compõe 95% da massa do Universo.
As respostas, no entanto, virão aos poucos. A proposta é aumentar o número de choques para 600 milhões por segundo. Este índice será possível daqui a dois anos, quando a energia do equipamento for dobrada.
O acúmulo de dados é fundamental para chegar aos eventos raros, como são chamados os mistérios a que a ciência tanto quer responder. O maior deles é o bóson de Higgs. A "partícula de Deus", como foi apelidado, seria a matéria-prima de toda a massa existente no Cosmos, originando galáxias, planetas e seres vivos. A expectativa é de que esta partícula dê as caras em 2013, quando o equipamento funcionará em sua energia máxima.
Para críticos do equipamento, o seu funcionamento a pleno vapor poderia provocar danos significativos à atmosfera, como o surgimento de pequenos buracos negros. O alerta, no entanto, é descartado. “Um fluxo de 7 TeV, embora tenha sido dominado pela primeira vez em laboratório, acontece diariamente na atmosfera. E, mesmo assim, não temos qualquer buraco negro por ali”, assinala Novaes.
A experiência ressuscitou um debate secular que opõe ciência e religião. Entre os espectadores dos primeiros momentos do Cosmos, uma corrente acredita que o homem chegou mais próximo de Deus; outra, que uma entidade superior seria desnecessária diante de avanço tão poderoso.
Para o físico Marco Aurélio Lisboa Leite, coordenador do grupo da USP no Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), convém não misturar as buscas de cada lado. “A ciência quer responder algumas perguntas. Os teólogos, outras. Não há compatibilidade entre elas. Não se deve resolver as questões de uma área com as respostas da outra”.
A inédita colisão de partículas que simulou o Big Bang explicará enigmas que ainda envolvem 95% do Universo.
A Astrônoma da Nasa e da Universidade Católica da América, nos EUA, Duilia de Mello não acredita em hipótese sobrenatural. “Sempre voltamos para a necessidade do Criador, porque a ciência não chegou ainda ao ponto inicial, à origem do Universo. Para isso, por enquanto, só existe uma explicação sobrenatural.”
O padre jesuíta Paul Schweitzer, professor de matemática da PUC-Rio, alerta que o Big Bang, da forma como é estudado pelos cientistas, não deve ser comparado à origem do mundo difundida pela igreja. “A Bíblia é uma poesia com metáforas, não deve ser interpretada de forma literal. No passado, invocava-se Deus para explicar o que a ciência não conseguia. Isso é uma atitude fadada a falhar. Ainda assim, podemos analisar algumas perguntas básicas: por que o Universo tem tanta regularidade e responde a leis físicas? Isso não é respondido pela ciência. É a presença de Deus.”
O LHC deve operar ininterruptamente por dois anos. Depois, será paralisado por alguns meses, para o aumento da energia dos choques.
Fonte: O Globo
Via: Patio Gospel


muito podre hhahhahha
ResponderExcluirNo surgimento do próprio universo, ou o famoso "big bag" que os ciêtistas descobriram, para ter alguma coisa tem que esistir alguma coisa; há vam dizer que havia poeira de nebulosa. Parou para pensar como no conseito matemático, já viu algum resultado do zero? Está ta aí sua resposta cietistas, estudam tanto sobre o universo que esquecem que é um ser maior na qual as regiões vem dizendo, pare e penser só por um segundo, usando a própria ciência; o coseito do zero é zero. Esplique como surgiu o universo agora?
ResponderExcluirLuiz Fernado Filoso; Cajamar,sp