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6 músicas clássicas que significam o oposto do que você pensa

Posted on 23 de out. de 2011 and filed under , ,

Músicas clássicas aparecem em muitos filmes, sendo muitas vezes “popularizadas” pela cultura de massa. Ao escutar elas grudam na sua cabeça, mas certamente você tem ideias totalmente equivocadas a respeito de seus significados.



1. “Lá vem a noiva” (ou “Bridal Chorus”, em português, “Marcha Nupcial”) – Richard Wagner

Porque você conhece: Quem dera um casamento no qual não tocasse essa música. Já foi tocada de todas as maneiras, desde órgãos a orquestras completas conforme a noiva caminha até o altar. Quando você ouve tal melodia, já sabe que a noiva está para aparecer, provavelmente toda vestida de branco.

O contexto original: Assassinato em massa. A música vem da ópera “Lohengrin”, na qual o “Bridal Chorus” é na verdade cantado para a heroína Elsa e seu novo marido, Lohengrin, por suas damas de honra após o casamento, não antes! As pessoas trocam as coisas, fazer o quê. Ah, e depois dessa canção, Lohengrin assassina cinco convidados do casamento, e larga Elsa.

Peraí: Lohengrin não é uma ópera alegre, como você provavelmente adivinhou. O casamento dura duas canções. Depois que o machão assassino abandona Elsa (e por ser uma ópera), ela morre de tristeza. Assim, a música de órgão que se ouve em todos os casamentos hoje em dia é menos festiva e mais sinistra.




2. “Hallelujah Chorus” (da obra Messias) – Handel

Porque você conhece: assim como a “Marcha Nupcial”, as associações com “Hallelujah Chorus” são uma espécie de lenda da cultura pop. Essa música épica e alegre, que soa como um grito de pessoas felizes cantando “Aleluia”, é muito usada em filmes religiosos, ou tocada em qualquer filme quando algo bom acontece. Você mesmo já deve ter cantarolado essa canção para si depois de alguma vitória.

O contexto original: O “Hallelujah Chorus” é, como você deve ter imaginado, sobre Jesus; vem de Messias, uma obra de coral inteiramente sobre Jesus Cristo. Porém, o “Hallelujah Chorus”, especificamente, é praticamente a trilha sonora para a segunda vinda de Cristo. É o fim do mundo como Jesus o conhece: Ele comanda o total extermínio em cima de uma nuvem negra monstruosa enquanto tudo abaixo se colapsa.

Peraí: Existe um cronograma muito explícito em Messias. Cada peça de música é uma parte da vida de Cristo, do início ao fim até depois do fim. O “Hallelujah Chorus” obteve sua letra a partir do Livro das Revelações (Apocalipse). Todos estão gritando, enquanto Jesus termina o mundo. Dizem que quando Handel terminou “Hallelujah Chorus”, foi encontrado chorando. Seu assistente perguntou o que havia acontecido, e Handel respondeu: “Eu pensei ter visto o rosto de Deus”.



3. “O Fortuna” (da obra Carmina Burana) – Carl Orff

Porque você conhece: Procurando uma música terrivelmente dramática? Desesperado para encontrar uma música que ilustrará super bem seu programa de TV sobre o fim do mundo? Encontrou imagens de um gatinho bonito e quer fazer um vídeo engraçado justapondo-as em trombetas com uma letra em latim sem sentido? “O Fortuna” é o que você está procurando. Incontáveis filmes, comerciais e qualquer coisa com drama já usaram essa clássica canção.

O contexto original: Enquanto a música foi escrita no século 20, todas as letras de Carmina Burana são retiradas de mais de 200 poemas medievais que são sobre: amor não correspondido; estranha igreja, assim como o governo e o homem.

Peraí: O super dramático “O Fortuna” é uma canção totalmente revoltada que veio de um poema  escrito por algum estudante medieval. As letras são sobre apostas, jogos de azar, ter má sorte (e perder sua camisa nas apostas). É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança. O arranjo é de um compositor alemão muito estranho, que queria celebrar “o triunfo do espírito humano através do equilíbrio sexual e holístico”.




4. “The Year 1812” – Pyotr Ilyich Tchaikovsky

Porque você conhece: Esta é uma música gloriosa que toca o tempo todo nos EUA (toca todo 4 de julho, feriado da independência), e aparece em filmes sempre que algo importante, ou excitante, ou explosivo, está acontecendo. Foi escrita por um russo, mas parece ser sobre a América. Talvez seja sobre a guerra de 1812 contra os ingleses, ou alguma outra batalha americana. É arrogante, triunfante, agressiva, e todo norte-americano pensa que ela diz “nós somos bons”.

O contexto original: A música que toca todo 4 de julho é na verdade sobre uma batalha entre a Rússia e a França.

Peraí: Havia mais de uma guerra acontecendo em 1812, e a batalha dos EUA com a Grã-Bretanha não era a mais importante. O “grand finale” da música (a parte mais conhecida) contrapõe tiros de canhão explosivos com o som de “La Marseillaise”, o hino nacional francês, para representar os defensores russos esmagando o exército de Napoleão na batalha de Borodino. E porque cargas d’água os EUA tocam essa parada enquanto estouram seus fogos de artifício?





5.“Pompa e Circunstância” (“Military Marches”, em português, “Marchas Militares”) – Sir Edward Elgar

Porque você conhece: Qualquer um que já tenha se graduado em algo, ou comparecido a qualquer formatura, deve ter ouvido essa música. Também é comum em filmes, em momentos vitoriosos.

O contexto original: a música que nos lembra conquista é a primeira de uma série de uma espécie de “álbum conceitual” da virada do século 20. Conceito de quê? Sangue, guerra e morte de jovens.

Peraí: A música não tem letra, mas em um esforço para definir do que ela se trata, o compositor Elgar prestativamente prefaciou seu significado com uma citação do poema “The March of Glory” (A Marcha da Glória), de Lord Tabley, que fala sobre marchar ao som de uma música que atrai os homens à morte, além de orgulho, nação, e outros temas (ou baboseiras militares, depende de sua posição quanto ao assunto). Ou seja, é sobre ansiosamente morrer em batalha. Mas não com significado positivo, do tipo “morrer em batalha é glorioso”. A música é uma forma de Elgar dizer: “Eu não acho que devemos marchar todos os nossos jovens para morrer na batalha”, o que os britânicos confundiram completamente, tocando-a para animar seus exércitos por anos. Pelo menos eles entenderam a parte da batalha corretamente, já que os americanos tocam a música em formaturas.




6.“Ride of the Valkyries” (da obra “Die Walkure”, em português, “A cavalgada das Valquírias”) – Richard Wagner

Porque você conhece: Esta é provavelmente a música dramática mais famosa do mundo. Foi utilizada no filme “Apocalypse Now” como música de fundo para um ataque de helicóptero. Já tocou em inúmeros outros lugares, até desenhos animados (talvez principalmente em desenhos animados), e geralmente retrata pessoas indo para uma batalha.

O contexto original: Tocada em uma ópera sobre mulheres com lanças (exato!), você deve imaginar que “A cavalgada das Valquírias” (como a passagem musical é conhecida em português) é ouvida enquanto as bravas jovens batalham. Não. Está mais para tocada quando as luzes estão apagadas, a cortina está fechada e nada está acontecendo. Sim, a canção é tocada como abertura da obra.

Peraí: Uma das músicas mais legais tocadas em brigas e batalhas foi na verdade feita para ser ouvida enquanto o público está sentado educadamente olhando para uma cortina. Foi uma tentativa do compositor de empolgar a audiência, mas não para uma batalha, para um show. Quando a cortina sobe e as mulheres finalmente aparecem, o resto da música é usado como som de fundo enquanto as Valquírias se cumprimentam antes de um dia de trabalho. Sem brigas, sem fúria.



Cracked|Pátio Gospel Noticias

13 Comentários

  1. Anônimo diz:

    Gostei muito da postagem.
    Abraço.

     
  2. Anônimo diz:

    Peraí, você vem dizer que Fortuna Imperatrix Mundi é sobre jogos de azar. Pega a tradução desse poema e leva pra professora de português do Mobral mais próximo que você está precisando de aulas de interpretação de texto meu filho.

     
  3. Germano diz:

    Marcha nupcial, a melodia, foi escrita por Mendelsohn, para a peça sonho de uma noite deverão, e shakepeare.

     
  4. ahahahah, ri lembrando da música do meu casamento.

    entrei ao som de Yesterday dos Beatles, tempos depois fui ler a tradução da música, que gafe.

    Mas mesmo assim meu casamento deu certo por longos 17 anos.

     
  5. Há duas marchas nupciais populares que são a de Mendelssohn, de Sonho de uma Noite de Verão e a de Wagner do coro nupcial da ópera Lohengrin.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Marcha_nupcial

     
  6. hahaha então Aleluiah é a musica de quando Jesus vai DESTRUIR o mundo? hahahaha
    tá precisando se informar mais sobre as coisas irmão hahaha
    Jesus "o destruidor" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    rachei o bico aqui

     
  7. putz legal pra caramba

     
  8. Anônimo diz:

    Postagem maravilhosa!

    Parabéns!

    ONE

     
  9. Deise diz:

    Essa Marcha Nupcial não é a de Mendelssohn. Existem duas mais famosas, a do Wagner (lá vem a noiva...) e a do Mendelssohn, da ópera Sonhos de uma noite de verão. Elas são diferentes, embora parecidas!

     
  10. Que legal não sabia disso, mas engraçado mesmo que o sentido seja outro todo mundo sempre vai associar a algo já conhecido.

     
  11. Anônimo diz:

    eu gostava tanto de vc- tim maia
    o autor fez para a filha que morreu
    vc nunca mais cantara da mesma maneira

     
  12. Anônimo diz:

    O Fato de termos a cultura de agir pela emoção e não pela razão, nós(a sociedade)acreditamos ou aceitamos tudo que nos é imposto pela mídia, ainda mais se nos agradam. Isso faz com que não procuremos a origem das coisas que nos deixam felizes, simplesmente por ser bom o sentimento que estamos tendo. É ai que se consegue no inconsciente serem implantadas mensagens que o conciente não percebe.
    Ainda mais, é de se esperar manifestações diversas sobre o assunto postado tendo em vista o que prescreve a Bíblia:
    "Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem. Mateus 7:6" ou seja, sem discernimento espiritual nunca entenderemos o que foi postado aqui. Quanto aos irmãos que criticam aqueles que criticam o material postado, a palavra de Deus ensina que não é por Força nem por Violência que devemos agir. Sendo assim, conclui-se que não é possível alguém que não tenha aceitado ao Senhor como único e suficiente salvador, e tenha uma intimidade diária com Deus por meio da leitura diária da palavra(que é milenar) e compromisso de fidelidade ao Senhor conforme ele ensina (para aqueles que leem a bíblia, entenderem a profundidade do que foi postado. Termino com a palavra de Deus:
    "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 1 Coríntios 2:1"
    Um abraço a todos.

     
  13. Anônimo diz:

    Gostei muito das explicações.
    Utilizei "O Fortuna" para fazer um vídeo e acertei em cheio, mesmo sem ler esse conteúdo, mas foi bem esclarecedor. valeu!

     

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