Jovens namoram sem contato físico para viver emocionalmente saudáveis
Posted on 13 de jun. de 2012 and filed under Igreja , Noticias , Noticias Atualizadas
Rafael e Heloisa |
Um grupo de jovens resolveu
manter um relacionamento de forma diferente do que a sociedade esta acostumada,
sem beijo na boca durante o namoro e sexo só após o casamento. O objetivo:
conhecer o verdadeiro amor. Este é o estilo de muitos jovens evangélicos que
buscam uma vida “emocionalmente saudável”.
O universitário Rafael Almeida,
de 22 anos, e Heloísa Lugato, de 24 anos, formada em direito, garantem estar
vivenciando a experiência há mais de um ano. O casal conta que os dois são
adeptos da pureza sexual até o casamento e durante este período de
relacionamento não tiveram relação sexual. “Preferi me preservar. Nos abdicamos
do contato físico, do toque, para focar nosso relacionamento na amizade e em conhecer
um ao outro”, comenta Rafael. Ele destaca também que a escolha ajuda ainda em
ter uma vida emocional equilibrada.
Para Heloísa, a união do casal
está respaldada na santidade e em princípios que estão descritos na bíblia. Ela
argumenta que o contato físico pode contribuir para que o namoro saia do foco
e, por conta disso, o máximo que fazem é pegar na mão e abraçar. “Sabemos que o
beijo não é pecado, até porque a bíblia não se refere a isso. Porém, o sexo é,
por isso evitamos. Mas não se trata de uma regra. Somos livres para optar e
escolher”, pontua.
A jovem disse que já teve outros
relacionamentos fora da igreja e que as experiências só reforçam o estilo
adotado no namoro atual. “Somos guardados do prejuízo que é ter um coração
machucado e ferido”.
Pastor
Mas para Rafael, isso não é uma
tarefa fácil. Ele ressalta que o preconceito da sociedade é grande e que a
castidade ainda é um assunto polêmico. Cursando engenharia civil, o
universitário disse que já foi até chamado de louco por colegas. “A postura vai
contra as regras ditadas pela sociedade. É difícil para muitos aceitarem que
alguém em pleno século 21 pense assim. No entanto, quando se tem convicção,
seguimos em frente”, avalia.
Veredas antigas
O pastor Heitor Henrique Laranjo,
de 27 anos, explica que a área sentimental é a que mais aflige o solteiro.
Responsável por trabalhos desenvolvidos com jovens e adolescentes na Igreja
Videira, em Cuiabá, o pastor avalia que muitos jovens estão tendo diversos
relacionamentos e que chegam a um ponto de frustração emocional muito cedo.
Ou então, segundo Heitor, chegam
ao casamento e não conseguem sustentá-lo por falta de amadurecimento. Além
disso, percebem que se casaram com a pessoa errada. “Por isso a corte é
diferente do namoro, pois preserva o conhecimento entre o casal. Não é respaldado
em beijo ou sexo. Voltamos ao tempo em que nossos pais e avós namoravam na sala
com a presença da família toda”, reforça.
O molde de relacionamento tem
ganhado cada vez mais adeptos nas igrejas evangélicas do país. O movimento “Eu
Escolhi Esperar”, por exemplo, que prega a virgindade até o matrimônio tem sido
disseminado cada vez mais nas redes sociais e já ganhou millhares de seguidores
no Facebook e Twitter.
A adesão à corte, conforme o
pastor Heitor Henrique, é feito por casais, preferencialmente a partir de18
anos e que têm o objetivo de casamento. “É muito maior que um movimento de
pró-sexualidade. É o resgate das veredas antigas”, observa.
Precoce
A doutora em psicologia
comunitária Maria Auxiliadora de Oliveira avalia que a sociedade contemporânea
deturpou o sexo ao explorar a sensualidade. Segundo ela, está cada vez intenso
o desenvolvimento precoce da sexualidade, o que tem aumentado os casos de
gravidez na adolescência.
“A questão afetiva e familiar
hoje está banalizada. São muitos jovens e adolescentes começando uma vida
sentimental sem estrutura. Sabemos que cada coisa tem o seu tempo e priorizar
isso ajuda a minimizar os problemas que afetam a juventude”, frisou Maria
Auxiliadora.
Frutos
Os frutos de um relacionamento
preservado na pureza sexual, são o que o casal Sandro Cruz, de 28 anos, e Maria
Aparecida de Assis da Cruz, de 29, garantem estar colhendo. Com apenas três de
meses de namoro, eles se casaram e optaram pela castidade até subir ao altar.
Para Sandro foi a melhor opção
que fez, após ter namoros fora dos padrões da igreja que geraram problemas
sentimentais. “Começamos a nos conhecer e o sentimento foi aumentando. Percebi
que já poderia me casar e fiz tudo dentro que acreditei estar correto. Hoje
percebo que valeu à pena porque tenho um casamento recheado de respeito,
confiança e carinho”, revela.
Maria Aparecida, que tem uma
filha de sete anos, disse que não teve dúvidas em se preservar. Ela disse que foi
difícil a caminhada, mas a vontade de encontrar o verdadeiro amor falou mais
alto. “A questão é dar valor às coisas que se perdem no decorrer da relação.
Nossa prioridade foi a amizade e a base do evangelho. Hoje vejo o quanto essa
escolha fez a diferença em minha vida”.
0 Comentários
Exponha sua opinião
Sua opinião é bem vinda, seja ela qual for (desde que não use palavrões). Vai fazer propaganda? Acesse a página de publicidade.