Guilherme de Pádua que matou a atriz Daniella Perez fala de arrependimento
Posted on 12 de jun. de 2012 and filed under Noticias , Noticias Atualizadas
O ex-ator Guilherme de Pádua que agora
é obreiro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte falou sobre
arrependimento, mudança de vida e rejeição em entrevista ao Jornal Correio. Guilherme
conta seu testemunho e destaca que chegou a pensar no suicídio.
Durante o culto que ministrou na
Igreja Assembleia de Deus, em Conselheiro Lafaiete, o ex-ator afirmou: “Entre
seguir sair criminoso da prisão e ter uma mudança de vida, optei pela
conversão, pelo caminho de Deus. A Bíblia também nos ensina que tem uma coisa,
que é pior do que o pecado: a falta de arrependimento. Vim mostrar para as
pessoas como um cara tão desviado e tendente às coisas vazias tornou-se tão
apaixonado por Jesus Cristo”.
Falando sobre as pessoas que o
levaram a conhecer o evangelho, Pádua contou: “Muitos irmãos pagaram um alto
preço de esperar debaixo do sol e tirar um dia da sua semana para visitar
aqueles que a sociedade tem como vermes. A princípio, é claro que eu queria
debater com eles, mostrar as minhas opiniões, mas, aos poucos, fui me deixando
tocar por aquelas verdades que eles diziam”.
Ele afirmou ainda que, antes de
se converter, tinha preconceito contra evangélicos e que sente muito pesar por
não ter conhecido antes os valores pregados pela religião. Afirmando acreditar
que Deus tem um propósito na vida de todas as pessoas, ele conta que não
acreditava que sairia vivo do presídio e que até hoje tem pessoas que torcem
para ver sua desgraça.
Afirmando que chegou a desistir
da vida, o ex-ator afirma que não mais se importa com as opiniões sobre ele e
que não abre mão de sua fé. “Não estou dizendo isso para comover ninguém, pelo
contrário, sei que vão falar que, depois de ter feito o que fiz, virei crente.
Mas o que as pessoas falarem ou pensarem também não significa nada porque, no
final, ou eu vou para junto do Pai ou eu não vou”, afirmou.
Quando perguntado se acha que
pagou por seu crime, Guilherme de Pádua disse que nem se morresse seria
possível pagar a dor da família. Mas ressalta que a mudança de vida é o melhor
resultado que se pode esperar de alguém que cometeu um crime desse tipo.
Comparando seu caso com o de outras pessoas condenada por homicídio, e que
vivem sem serem perseguidas, ele desabafou: “Sofro perseguição há 20 anos.
Quantos outros condenados por homicídio estão andando por aí e tendo suas vidas
normais? Se formos pensar por esse lado, eu pago mais do que qualquer outro”.
Ele concluiu a entrevista dizendo
que não comenta mais sobre o crime porque prefere trazer à memória as coisas
que o dão esperança, e ressalta que cumpriu o que a lei determinou a ele como
pena e que nunca se colocou contra as determinações da justiça sobre o caso.
Guilherme de Pádua X Ratinho assista na íntegra
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