Jair Bolsonaro, deputado federal (PP-RJ) colocou em seu gabinete na Câmara um cartaz com provocações ao ex-ministro da Educação Fernando Haddad, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo. Incluído no “mural da vergonha” que Jair Bolsonaro mantém em seu espaço de trabalho em Brasília, o aviso leva a frase “Haddad, candidato do kit gay” e lança uma pergunta: “As crianças de 6 anos terão aula de homoafetividade nas escolas?”.

Jair Bolsonaro disse em entrevista ao site R7, que quer saber de Haddad se ele pretende implantar a distribuição do kit Escola sem Homofobia - popularmente conhecido como kit gay – nos colégios paulistanos caso vença as eleições de outubro e se torne prefeito. “Ele não deve nada a mim. Mas ele tem de se explicar. Caso eleito, vai implantar o kit nas escolas primárias de São Paulo?”, questiona Bolsonaro.

Em maio de 2011, o Ministério da Educação, então sob o comando de Haddad, foi criticado pela tentativa de distribuir o kit gay a 6.000 escolas públicas de todo o país. Diante da má repercussão e protesto de Jair Bolsonaro a presidente Dilma Rousseff mandou suspender a produção do kit gay, que chamou de propaganda homossexual.

Jair Bolsonaro disse que seu objetivo é alertar a população de São Paulo para o risco de que Haddad tente ressuscitar a ideia do kit gay. “Eu estou alertando o público paulista [paulistano] para levar isso em conta na hora de votar. As pessoas precisam saber, ele tem de dizer o que fez no passado dele.”

Para Bolsonaro, o kit gay elaborado pelo Ministério da Educação sob o comando de Haddad é um “atentado contra a família, a moral e os bons costumes”. “O eleitor que preserva a família precisa ficar de olho para saber se vai dar ou não o voto a ele. Vai ter kit gay em São Paulo?”, pergunta Jair Bolsonaro.