Após décadas de silêncio o reitor do Colégio Jesuíta Canisius de Berlim admitiu que alunos suportaram abusos sexuais entre os anos 70 e 80. O meninos que eram conhecidos como “pássaros cantantes” da catedral de Regensburger-Ratisbona, foram violentados durante 15 anos.



O arcebispo Católico da cidade de Regensburgo da Baviera, também conhecida como Ratisbona, tornou pública a declaração através de uma carta intitulada como “Carta aos Pais”.

Ela revela que entre 1958 e 1973 consumaram-se violências sexuais contra jovens menores de idade, os cantores integrantes do famoso coro da catedral de Regensburgo. Os criminosos agressores seriam, pela carta, “professores e prelados (espécie de oficial da igreja)”.

Não há qualquer suspeita com relação ao irmão mais velho do papa Bento XVI, Georg Ratzinger, de 86 anos. Ele foi diretor do coral da catedral de 1964 a 1994, quando violências sexuais se verificaram (na Carta aos Pais o arcebispo falou de abusos entre 1958 e 1973).

O irmão do papa disse em entrevista nunca ter sido informado de nada: “Nunca soube de nada”. As investigação dão conta de que não há indicativo de que ele soubesse ou de que teria abafado o escândalo.

A diocese de Regensburgo diz ter identificado os dois autores dos abusos sexuais contra os menores do coro da catedral. Um deles era professor de religião, o outro assistente do diretor da instituição escolar da diocese.

A instituição anunciou que os dois autores dos crimes morreram em 1984. Mais, o professor de religião fora afastado em 1958 e o assistente do diretor recebeu censura em 1971.

O arcebispo Robert Zollitsch, que preside na Alemanha o colégio dos cardeais, foi chamado pelo papa Bento XVI para audiência designada para 12 de março próximo.

Na sua última manifestação sobre escândalos sexuais na Igreja, o Papa falou em “transparência cristalina” e em vergonha. Essa manifestação foi logo depois de o governo da Alemanha haver reclamado da falta de colaboração efetiva com a Justiça pela Igreja local.

Fonte: Sem Fronteiras

Via: Patio Gospel