A igreja em casa, celulas
Posted on 20 de ago. de 2009 and filed under Assuntos Polemicos
Até 310 d.C., antes da construção dos templos, era nas casas dos fiéis que a palavra de Cristo era difundida. Jesus costumava pregar na morada de seus seguidores, entre outros motivos, para evitar a perseguição da qual era vítima. Seus discípulos continuaram a utilizar esse expediente até o século IV.Atualmente a crescente adesão ao movimento conhecido por igreja em casa vem mudando o conceito de que lugar de oração não é só na igreja. O movimento abrange católicos e evangélicos, que vêem nessas reuniões uma forma de incentivar as relações pessoais e, ao mesmo tempo, difundir-se. Boa parte desse contingente se declara desiludida com as instituições religiosas.
A idéia foi crescendo e algumas igrejas aderiram a metodologia de células. Na maioria dos cultos celebrados nas casas, existe tudo o que há em uma igreja tradicional, variando um pouco de lugar para lugar, eles procuram dar ênfase aos relacionamentos interpessoal, na comunhão entre os irmãos e no discipulado.
A paulista Glória Severiano Ribeiro, 54 anos reúne cerca de 50 amigas em sua casa, duas vezes por mês, com a presença do padre Marcos Antônio Duarte, segundo ela o encontro é uma forma de compartilhar a oração. De seu grupo também nasceram iniciativas de solidariedade. "Fazemos trabalhos sociais e difundimos as campanhas da igreja", conta. Depois da oração, os fiéis discutem um tema e falam sobre o que fizeram na semana para difundir a fé em Jesus Cristo.
Em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, o pastor Diego Martinez faz cultos residenciais e supervisiona encontros semanais com grupos de dez a 40 pessoas, que celebram a Santa Ceia com pão e suco.
Pastores denominacionais, no entanto, discordam frontalmente. Há quem defenda o ponto de vista de que na igreja existe maior liberdade tanto na pregação quanto nas operações de Deus.
Porque na igreja somos confrontados e ouvimos coisas que não ouviríamos se a reunião fosse em casa.O pastor Antônio da Costa Júnior, da Primeira Igr. Congregacional Vale da Bênção, em Santa Cruz do Capibaribe (PE), faz algumas ressalvas. “De fato, todo cristão fiel pode adorar a Deus aonde quiser. O véu já se rasgou, o caminho já foi aberto pelo sangue de Jesus...Paulo foi um cristão que não precisou da igreja para se converter. Se existiu alguém que poderia defender a tese de que não precisamos de uma igreja local, seria o apóstolo. Porém, o próprio Paulo abriu, trabalhou e abençoou várias igrejas, sempre debaixo da consciência e da autoridade do colégio apostólico.” Para Costa Júnior, muitos abandonam os templos evangélicos por causa de problemas que tiveram dentro da igreja. “Se problemas fossem motivos para se abandonar os templos e viver um cristianismo hippie, então Paulo teria dito isso aos irmãos de Corinto. Apesar de tantos problemas na igreja local, o apóstolo Paulo nunca aconselhou ninguém a deixar a igreja para ser um cristão nômade pelas ruas de Jerusalém”, compara.
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