Felicidade dos brasileiros é maior na região mais pobre
Posted on 27 de dez. de 2012 and filed under Noticias , Noticias Atualizadas
"Dinheiro não traz felicidade, mas manda buscar." Esse velho bordão tupiniquim adaptado aos novos tempos talvez seja útil para resumir a principal conclusão de um estudo divulgado em Brasília pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). "O brasileiro gosta de consumir, mas talvez não seja isso que mais o faça feliz", conclui Marcelo Neri, presidente do órgão, que é ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
O maior exemplo está no Nordeste brasileiro: é a região mais pobre do país e que tem menor escolaridade, mas, de acordo com o estudo é a que apresenta melhores índices de felicidade – se fosse um país, o Nordeste ocuparia a 9ª posição no ranking, com 7,38 pontos, entre Finlândia e Bélgica.
A ideia do Ipea foi medir o desenvolvimento do país a partir de outros aspectos sem contar com o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas em território nacional. De acordo com o Ipea, ampliar o leque pode ajudar a entender porque o governo vem colhendo bons resultados nas pesquisas de popularidade (62% de aprovação, de acordo com o Ibope) apesar dos economistas estarem estarrecidos com as ameaças de estagnação (0,6% de crescimento no terceiro trimestre em relação ao segundo, com 0,9% no acumulado dos últimos doze meses).
Os resultados do estudo se baseiam numa pesquisa global já conduzida em 147 países com a metodologia do Instituto Gallup. "O Brasil ocupa a 16ª posição no ranking da felicidade", continua o presidente do Ipea, informando que, numa escala de 0 a 10, os brasileiros atribuíram nota 7,1 a suas condições de vida. "Em 2006, estávamos na 22ª colocação."
Dinheiro em menor intensidade
Marcelo Neri pontua que, apesar de o dinheiro reconhecidamente mandar buscar alguma felicidade, como diz o ditado, isso não é visto no Brasil numa intensidade tão grande como nos demais países. "Temos mais felicidade do que dinheiro no bolso." Em compensação, as regiões Sul e Sudeste, notadamente as mais ricas, abrigam moradores menos satisfeitos com a vida que levam. "É o paradoxo nordestino", classifica, "e mostra que, no Brasil, felicidade não é só uma questão financeira."
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