Até pouco tempo as principais emissoras do Brasil; Globo e Record, mantinham uma postura conservadora em relação ao que defendiam. De modo que na TV Globo era considerado falta gravíssima falar o nome de outras emissoras no ar.

Mas parece que as “poderosas” da telinha não estão tão conservadoras assim. No programa Mais Você de março de 2009 Ana Maria Braga se deu ao luxo de parabenizar um aniversariante inusitado. Foi o bispo Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico da Rede Record. Ana mandou um abraço para Honorilton, Louro José complementou o comentário, enviando também suas felicitações. No passado, um comentário desses no ar renderia puxão de orelha da cúpula da emissora.

Já na telinha da Record a mudança de paradigma está no cenário da próxima novela. A cidade cenográfica de "Ribeirão do Tempo", sediada em Guaratiba, Zona Oeste do Rio, abrigará uma igreja católica, parte integrante da trama. Vale lembrar que a emissora é comandada por um líder evangélico e nunca aconteceu algo parecido.

No Carnaval de 2009 a rede do bispo Macedo transmitiu diretamente do camarote de uma marca de cerveja, no sambódromo do Rio, dois programas de meia hora cada um. Na época, a Folha de São Paulo publicou uma matéria divulgando que a emissora “vendeu a alma ao demônio” por R$ 2,6 milhões, valor pago pela compra do horário. Segundo executivos da Record, essa foi uma operação de venda de horários, e não patrocínio.

A outra surpresa veio da tela do Jornal Nacional, a emissora do Plim-plim exibiu em 2009 a serie Evangélicos. A série de reportagens exibia pastores e membros de denominações em projetos sociais que tinham o objetivo de ajudar as pessoas e propagar os conhecimentos bíblicos, algo nunca visto na emissora da família Marinho.

Ninguém pode negar que no quesito “rabo preso” as emissoras não são mais as mesmas que antigamente. Será que este é um passo para uma evolução com uma programação menos influenciadora? Ou uma jogada para conquistar novos públicos?