Após quase dois anos do acontecimento, enfim o julgamento do caso Nardoni aconteceu. A cartada final foi dada pelo promotor Francisco Cembranelli. Ele surpreendeu a todos ao apresentar um cronograma detalhado do que aconteceu no dia do crime.

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O cruzamento de ligações telefônicas feitas pelos réus aos pais após a queda de Isabella, os chamados recebidos pela polícia e relatos da briga entre os dois dentro do apartamento foram culminantes para a decisão.

A defesa revidou, mais não houve jeito. Como contra fatos não há argumentos, ficou decidido; Anna e Alexandre estavam dentro do apartamento quando a garota foi jogada pela janela.

Com a bíblia em mãos um pastor evangélico até tentou pregar um sentimento de perdão na multidão em frente do fórum. "Quem nunca errou? Apontem aqui quem nunca cometeu um erro na vida. Pode ter até algum ladrão aqui nessa multidão pedindo justiça." Mas logo foi calado pela multidão que, aos gritos, partiram para a agressão. “Ninguém aqui quer o perdão de Deus. A gente quer cadeia para os assassinos.”

E o desejo foi atendido, após cinco dias de estressante julgamento a cadeia chegou. Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias. Anna Carolina Jatobá, a 26 anos e 8 meses, em regime fechado.

O júri considerou o casal culpado por homicídio triplamente qualificado (pela menina ter sido asfixiada, considerado cruel, não ter tido chance de defesa, por estar inconsciente ao cair da janela, e por alteração do local do crime) e fraude processual. Por decisão do juiz, eles não poderão recorrer da sentença em liberdade, para garantia da ordem pública.

A justiça dos homens e do céu saiu do papel e tornou-se realidade mais uma vez. “Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado” (Lc 8:17).